25/01/2010

dia 25 de Janeiro de 2010,
este é um poema:

nu em meu quarto
os carros se afogam em belem do para
e eu
todo na merda
me esfrego,
conscientemente
não ligo mais
pra absolutamente nada
mas o cheiro
de merda, pus e outras
excreções
inconscientemente
me agradam.

como um filosofo
caminhando sobre seus livros
e "paixonites"
por fotografias bobas
amo o cheiro da fumaça dos carros
de comidas de ontem
de encochadas no ônibus
de imprestabilidade
de risos falsos
esta é
a minha vocação para pastor
Belém
me dá
muita vontade de rir,
niilista!?

acredito em Deus
e gosto muito
de dançar.

Ao som do funky.(James brown)

A vergonha
ENGORDA,
da espinhas no rosto
é infeliz
e contagiosa
consumista, capitalista
,oportunista.
silenciosa,
inapercebivel
no motor do dia.
deixa a pele verde
marcas no corpo
estoura na boca
aduba a burra.
vende,
venda,
vela.
verdade
enerva.

parede de cristal liquido

aos poucos
tudo vai me abandonando
televisão
dvd
papo furado
as legendas,
passa rá\pido
e deixa feridas no pé
e tosse
todas as manhãs "bukowski"
apenas um poema
rezo ao acordar
vou no carro
sem reparar
em qual rua ele dobrou
se a coisas engraçadas na rua
ou que podem entristecer
sem motivo
ando meio clarisse
meio escuro
sem provas
tudo canta
e tudo deita em mim
e deito
em tudo
agora
o poema
ou o blues...
apenas
não falem nada.